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domingo, 26 de junho de 2011

5. Correntes Sobre O Arrebatamento

I – A Corrente Pré-Tribulacionista

Crê que a Igreja será arrebatada antes da Grande Tribulação. Exemplo: Noé e Ló.

Enquanto Apocalipse 1, 2 e 3 faz menção a Igreja 19 vezes, do capítulo 4 ao 19 nada fala sobre ela, mas trata da Tribulação na terra.

No capítulo 21 a Igreja é chamada de esposa, portanto, no intervalo da Grande Tribulação, foi levada ao céu para ser desposada:

Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro;” (Ap 21:9)

A promessa feita à Igreja de Filadélfia também é uma das bases dos pré-tribulacionistas:

Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”. (Ap 3:10)

Os ensinos de Paulo também corroboram com o pensamento pré-tribulacionista:  

e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura”. (1 Ts 1:10)

porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo,” (1 Ts 5;9)

Obs: 1 Tessalonicenses 5 trata da volta de Cristo.

No final da Tribulação, o Messias virá salvar Israel. Zacarias diz como isso irá acontecer:

(4)   “Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade, para o sul. (5)   Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos montes chegará até Azal; sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos, com ele”. (Zc 14:4, 5)

Obs: para que todos os santos estejam com Jesus, nesse momento, supõe-se que será necessário um encontro anterior a isso.

Os pós-tribulacionistas dizem que não se pode confundir Tribulação com Ira Vindoura, mas observe que a ira do Cordeiro é derramada quando Ele está em seu trono, e esse período é descrito como o tempo da Tribulação.

(16)   “e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, (17)   porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” (Ap 6:16, 17)

Os pré-tribulacionistas consideram a Igreja distinta de Israel. Alguns fatos ocorrerão com Israel, e outros fatos distintos ocorrerão com a Igreja.

(15)   “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), (16)   então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; (17)   quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; (18)   e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. (19)   Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! (20)   Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado;” (Mt 24:15-20)

Principais Características do Pré-Tribulacionismo

1)   Crêem na iminência da vinda de Cristo. O Arrebatamento pode acontecer a qualquer momento. (Mt 24:37-44; 1 Ts 5:1-6)

2)  O Arrebatamento acontece antes da Tribulação.

3)  Apocalipse 3:10 é para antes da Tribulação.

4)  A Bíblia deve ser interpretada literalmente.

5) A Igreja será guardada da hora da provação.

6) A Igreja é isenta da ira de Deus, derramada na tribulação. (Ap 6:17; 1 Ts 1:10 e 5:9)

II – A Corrente Midi-Tribulacionista

O Midi-Tribulacionismo defende o pensamento de que a Igreja passará pela primeira metade da Tribulação, ou seja, os três anos e meio de um total de sete anos.

O princípio dessa teoria está na interpretação da palavra “escolhidos” mencionados por Jesus em seu discurso (Mt 24:22), como referência não a judeus, mas aos santos no sentido usual da Igreja.

Essa ideia fundamenta-se em duas bases:

1. Os Evangelhos segundo Mateus e Marcos foram escritos algum tempo depois das Epístolas de Paulo terem sido escritas e terem circulado entre as Igrejas. Portanto, o vocabulário de Paulo era familiar aos crentes daqueles dias. Então é razoável esperar que se o Senhor tivesse desejado dizer por “escolhidos” algo diferente daquilo que Paulo queria dizer em passagens como Romanos 8:33, certamente Mateus e Marcos teriam dado alguma indicação deste fato, para evitar confusão.

2. Quando Jesus anunciou a destruição vindoura, em Mateus 24:15, falou na segunda pessoa do plural (“quando pois virdes...”), referindo-se aos seus discípulos, ou seja, os representantes da Igreja. Além disso, a advertência feita por Jesus em Mateus 24:15 é muito semelhante a de Paulo à Igreja de Tessalônica (2 Ts 2:14), e aí, temos que nos lembrar que os tessalonicenses eram primariamente gentios e não judeus.

o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”. (2 Ts 2:4)

Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda),” (Mt 24:15)

Para os midi-tribulacionistas, a tribulação será severa, mas breve. Jesus instruiu seus discípulos a vigiar cuidadosamente até aparecer no lugar santo “o abominável da desolação”.

(21)   “porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. (22)   Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados”.  (Mt 24:21-22)

 Para os midi-tribulacionistas, o Arrebatamento acontece no tocar da sétima trombeta (Ap 11:15). O tempo da ira para a injustiça e o tempo de galardões para os justos em Cristo. Ou seja, a Igreja estará presente na primeira metade da Tribulação passando por adversidades relativamente leves.

O que define o início da Tribulação é a aliança patrocinada pelo Anti-Cristo, e não o Arrebatamento da Igreja.

“Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele”. (Dn 9:27)

III – A Corrente do Arrebatamento Parcial

Crê que apenas uma parte da Igreja será arrebatada, e a outra permanecerá na Grande Tribulação por não estar preparada.

A ênfase dessa corrente está nas pessoas e não no tempo em que o Arrebatamento acontecerá, se antes, durante ou depois da Tribulação.

Somente os que esperam Jesus para a salvação é que serão arrebatados:

assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”. (Hb 9:28)

“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem”. (Lc 21:36)

“Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda”. (1 Jo 2:28)

A Parábola das Dez Virgens, narrada por Jesus em Mateus 25:1-13, é a grande base da Corrente do Arrebatamento Parcial.

“Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo.Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas.E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram.Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora”.

a)  Todas as dez eram virgens. Elas não se auto-intitulam virgens, mas são chamadas de virgens pelo Senhor.

b)  Todas as dez tinham lâmpadas acesas, o que significa que a profissão de fé era apoiada nas boas obras.

c) Elas saem com o desejo de se encontrarem com o noivo, indicando um coração convertido.

d) As virgens néscias e as prudentes adormecem e acordam juntas.

e)  As virgens néscias estão prontas para entrar se o noivo chegar cedo, mas não estão prontas se chegar tarde.

Repare que elas continuam sendo virgens, o que é essencial para o Arrebatamento, mas falta-lhes uma segunda medida de azeite. Isso contrasta com os descrentes, que não têm como satisfazer nenhuma das duas qualificações.

Os que resistem a essa doutrina, se apegam ao fato de que a Corrente do Arrebatamento Parcial baseia-se num princípio de obras, que se opõe aos ensinos da graça.

“Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação,”  (1 Pe 1:17)

IV – A Corrente Pós-Tribulacionista

O aspecto principal dessa Corrente, obviamente, é que a Igreja não será removida do mundo antes da Tribulação, mas passará por ela, suportando esse tempo pela graça e poder de Deus.

Os eleitos presentes na Tribulação, segundo os Pós-Tribulacionistas, é referência à Igreja e não a Israel.

Eles acreditam que a volta do Senhor será um evento unitário, não terá duas etapas.

Os Pós-tribulacionistas fazem distinção entre a ira de Deus e a Tribulação.

“Thymos” = “rompimento violento de ira” (18 vezes no Novo Testamento, em 9 emprega-se à Ira de Deus no Apocalipse)

“Orgè” = “estado firme de ira” (27 vezes no Novo Testamento,  em todas se refere à Ira de Deus)

“Thlipsis” e o verbo “Thlibò” = “tribulação” (55 vezes no Novo Testamento, em 47 oportunidades tem conexão com tribulação suportada pelos santos, e duas vezes se refere à Ira de Deus contra pecadores, mas nenhuma delas durante a septuagésima semana de Daniel)

Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e também ao grego;”  (1 Rm 2:9)

se, de fato, é justo para com Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam”  (2 Ts 1:6)

A Tribulação, portanto, não é a ira de Deus contra os pecadores, mas, sim, a ira de Satanás, do Anticristo, e dos ímpios contra os santos.

Os Pós-tribulacionistas também se utilizam da experiência de Daniel na cova dos leões e de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha. Eles não foram livres “da” hora da tribulação, mas “na” hora da tribulação.

“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem”. (Lc 21:36)

A palavra escapar foi traduzida da palavra grega “ekpheugó” que literalmente significa “escapar do meio de”. Ou seja, o escape é  pra quem estiver passando por  algo difícil, no caso, a Tribulação.

Muita controvérsia há entre os pré e os pós-tribulacionistas em relação a Ap 3:10:

“Porque  guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”.

A interpretação desse versículo depende da interpretação que se dá à preposição “ek”. “da (ek) hora da provação” .

Os pós-tribulacionistas argumentam que o sentido primário de “ek”  é “sair de dentro”. Obviamente, só sai de dentro quem está dentro.

João usa a palavra “ek” 336 vezes, muito mais do que qualquer outro autor no Novo Testamento.

Também deve ser considerada, em Apocalipse 3:10, a palavra guardar:

“eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro...”

O verbo “guardar” foi traduzido do verbo grego “tèreo” que é sempre utilizado quando significa proteção dentro da esfera de perigo, como em João 17:15:

“não peço que os tire do (ek) mundo; e sim que os guardes (tèreo) do (ek) mal”.

O perigo está implícito na ideia de guardar. Se a Igreja estiver no céu nesta ocasião, que perigo estaria correndo, perguntam os pós-tribulacionistas.

O pós-tribulacionistas dão outra ênfase ao texto de Paulo sobre o Arrebatamento:

“depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. (1 Ts 4:17)

Paulo diz que seremos arrebatados para o encontro do Senhor. A palavra grega “apantèsis” que é traduzida para “encontro” aparece somente em mais dois lugares no Novo Testamento:

“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!”  (Mt 25:6)

”Tendo ali os irmãos ouvido notícias nossas, vieram ao nosso encontro até à Praça de Ápio e às Três Vendas. Vendo-os Paulo e dando, por isso, graças a Deus, sentiu-se mais animado”. (At 28:15)

Nas duas passagens bíblicas, a palavra encontro (apantèsis) está relacionada a um contexto de boas vindas. Por essa razão, os pós-tribulacionistas crêem que no fim da Tribulação Jesus voltará, os mortos ressuscitarão primeiro, os crentes que estiverem vivos se unem a eles, formando uma grande comitiva de boas-vindas que vai ao encontro do Senhor. 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

4. O Arrebatamento

A palavra "arrebatamento" se origina da tradução latina do século IV, chamada Vulgata, e vem da palavra grega "harpadzo" que está em 1 Tessalonicenses 4:17, sendo adotada por muitos como a melhor palavra isolada para expressar a acensão da Igreja de Cristo ao céu ao encontro com o seu Noivo, Jesus.

O "arrebatamento" é descrito na Bíblia como um rapto. Jesus surgirá repentinamente os ares e buscará a sua Igreja. Certamente será algo maravilhoso.

“(16)   Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; (17)   depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. (1 Ts 4:16, 17)

“(51)   Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, (52)   num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (53)   Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade”. (1 Co 15:51-53)

1. O Senhor descerá dos céus
2. Os mortos ressuscitarão primeiro
3. Os vivos serão arrebatados entre nuvens
4. Todos serão transformados (um novo corpo)
5. Nos encontraremos com o Senhor
6. Estaremos para sempre com Ele

A Volta de Cristo Contará com Dois Estágios

Temos mais de 300 referências na Bíblia sobre a volta de Cristo, que nos levam a crer que a volta de Cristo se dará em dois estágios:

Primeiro: Ele virá repentinamente nos ares para arrebatar sua Igreja e cumprir a promessa registrada em João 14:1-3

(1)   Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.(2)   Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. (3)   E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.

Depois do Arrebatamento, no céu, a Igreja comparecerá diante do trono do julgamento de Cristo:

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”. (1 Co 5:10)

E participará da ceia das bodas do Cordeiro:

(7)   Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, (8)   pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. (Ap 19:7, 8)

Segundo: nesse estágio, Jesus retornará a Terra publicamente, com grande glória e poder para restabelecer o Reino. Isto se dará no Armagedom.

Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória”. (Mt 24:30)

Teorias Sobre O Arrebatamento


Existem quatro correntes de interpretação do tempo do Arrebatamento, isto é, quatro modos de se interpretar as profecias sobre O Arrebatamento.

1. Ocorre antes da Tribulação
2. Ocorre em meio à Tribulação
3. O arrebatamento é parcial
4. Ocorre depois da Tribulação

quinta-feira, 23 de junho de 2011

3. Antes dos Eventos Escatológicos

Depois dos capítulos iniciais de Apocalipse, a partir do capítulo 4, o Livro não cita mais a palavra Igreja. Isso só vai acontecer no capítulo 22, o que para muitos estudiosos é uma indicação de que a Igreja será retirada da Terra enquanto o juízo de Deus estiver sendo derramado.

"Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas". (Ap 4:1)

"Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã". (Ap 22:16)

Lucas 21:25-33

"(25) Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; (26) haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. (27) Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. (28) Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima. (29) Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. (30) Quando começam a brotar, vendo-o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo.(31) Assim também, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus. (32) Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça.(33 ) Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão".

A Figueira

A peça principal com relação ao fim dos tempos é Israel (A figueira)
"(29) Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. (30) Quando começam a brotar, vendo-o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo", (Lucas 21:29, 30)

Portanto, olhar para A Figueira é a chave da interpretação.

"Gerarás filhos e filhas, porém não ficarão contigo, porque serão levados ao cativeiro". (Dt 28.41)

1. Deus prometeu a Israel que se eles fossem obedientes seriam colocados por cabeça, e não por cauda. Mas se fossem desobedientes, se tornariam escravos.

2. Em 928 a.C. a nação se dividiu em dois reinos. Em 719 a.C. o Reino do Norte (Israel) é levado cativo pelos Assírios. O Império Assírio termina quando a capital, Assur, cai em poder dos Medos em 614 a.C. e Nínive é destruída pelos Medos e Babilônicos em 612 a.C. , dando início ao Império Babilônico que vai de 614 a.C. até 538 a.C.


Em 597 a.C., Nabucodonosor, imperador da Babilônia, colocou seus exércitos em frente às muralhas de Jerusalém, para punir o descumprimento de alianças anteriores entre os dois reinos. Depois de uma pequena tentativa de defesa, Nabucodonosor invadiu a cidade, ordenando que os cidadãos mais importantes e sábios, assim como os maiores tesouros do templo e do palácio, fossem levados para a Babilônia. Porém, o reino de Judá só viria a cair totalmente em 586 a.C., quando aconteceu um segundo exílio. O templo foi totalmente destruído e sobraram no antigo reino de Davi quase que somente camponeses. O povo judeu então ficou dividido entre os que viviam no exílio na Babilônia e os que continuavam morando na Palestina.


O imperador persa Ciro, em 537 a.C., invadiu e dominou todo império babilônico, liberando os judeus para voltarem para sua terra natal. Os judeus eram livres para voltar para a Palestina, mas mesmo assim, muitos decidiram ficar na Babilônia e aproveitar as boas condições econômicas, sociais ao invés de viajar até Jerusalém, onde não havia quase nenhuma riqueza. Mesmo assim aproximadamente 42 mil judeus voltaram. O templo é reerguido sob a liderança de Zorobabel , cinqüenta anos depois, Deus levanta Esdras para levar os tesouros para o templo e avivamento do povo. Em seguida, Neemias é levado a Jerusalém para a restauração dos muros. No século 1 a.C., o templo foi remodelado por Herodes.

Em 1244, Jerusalém foi saqueada pelos Tártaros Kharezmian, que dizimaram a população cristã da cidade e afastou os judeus, alguns dos quais foram reinstalados em Nablus. Entre 1250 e 1517, Jerusalém foi governada pelos mamelucos, que impuseram um pesado imposto anual sobre os judeus e destruíram os lugares sagrados dos cristãos no Monte Sião.

Em 1517, Jerusalém e região cairam sob domínio Turco Otomano, que permaneceu no controle até 1917. Os muros atuais de Jerusalém, foram construídos no Século XVI pelo Sultão Suleiman, o Magnífico.

Em 1917, os britânicos conquistaram o território e permaneceram até 1947.
No dia 14 de maio de 1948, Israel voltou a ser uma nação com seu próprio território e bandeira.

De lá pra cá, Israel milagrosamente cresceu e floresceu. Então temos que nos lembrar de Lucas 21:32: "Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça”.

Que geração é esta?

A geração que nasceu no restabelecimento de Israel no seu território.

Biblicamente, qual é o tempo de uma geração?

Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos”. (Sl 90:10)

Podemos considerar que uma geração vai de setenta a oitenta anos. Nesse caso, no campo da hipótese, poderíamos fazer as seguintes contas:

1948 + 80 = 2028 ou 1948 + 70 = 2018

Por favor, não entenda isso como uma afirmação de que Jesus retornará em alguma dessas datas. Devemos olhar pra tudo isso com temor e tremor. Quando não sabemos, mas uma certeza nós temos: Jesus vai voltar!

1. Os sinais

"(9) Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas, mas o fim não será logo.(10) Então, lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino, contra reino;(11) haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu". (Lc 21:9-11)


Nos últimos 50 anos, o número de guerras, fome, terremotos, furacões, vulcões, pobreza e fome que assolam o planeta, supera dezenas de vezes os anteriores registrados na história.

2. A multiplicação do saber

"Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará". (Dn 12:4)


Coisas que eram possíveis somente em filme de ficção científica, se tornaram realidades. A maioria de tudo o que o homem inventou, foi inventada nos últimos cem anos. Não há dúvida de que o saber se multiplicou.

3. A multiplicação da iniqüidade

"(10) Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; (11) levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.(12) E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos". (Mt 24:10-12)


Basta olhar para os noticiários para vermos o crime, a corrupção, assassinatos, pais matando filhos, filhos matando pais, milhões de abortos todos os anos, perversões sexuais, comércio de crianças, e tantas outras manifestações da maldade humana. Portanto, não há como negar que a iniqüidade se multiplicou.

4. A reconstrução do templo

Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda)”,(Mt 24:15)
o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”. (2 Ts 2:4)

O anticristo se assentará no templo como se fosse o Messias. Portanto, é necessário que o templo seja reconstruído. Isso pode acontecer antes do início da tribulação, como na primeira metade da tribulação.

Existem movimentos ao redor do mundo trabalhando para a construção do Terceiro Templo, como a “Temple Mount Faithful, liderada por Gershom Salomom, e o “Instituto do Templo”, liderado por Israel Ariel.

5. O Evangelho levado a todas as nações

E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. (Mt 24:14)


O Evangelho também será pregado durante a tribulação, portanto, a pregação a todas as nações é requisito para o fim e não para o arrebatamento.

6. Portanto, devemos estar preparados

"(42) Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. (43) Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. (44) Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá". (Mt 24:42-44)

2. As Cartas Às Sete Igrejas

Antes de vermos as coisas que hão de acontecer, vejamos primeiro as coisas que são. Ou seja, aquilo que acontecia nos dias de João. Por isso, antes de tudo, devemos ver as cartas às sete igrejas da Ásia Menor:


Cada uma dessas cartas segue o mesmo esboço geral:


1. Nome da igreja
2. As qualificações de quem fala
3. Elogio, aquilo que o Juiz aprova
4. Correção, aquilo que deve ser mudado
5. Ordem para que as igrejas ouçam e façam
6. Promessa ao vencedor
7. Menção da segunda vinda de Cristo e seu efeito sobre determinada igreja


A Igreja de Éfeso (Ap 2:1-7)


Éfeso significa “desejável”, era a metrópole política e comercial da província da Ásia. Cidade marítima, seu porto era o mais importante da Ásia, por esse motivo estava sempre em contato direto com as pessoas e culturas de várias partes do mundo. Estava exposta também, a influência do mundo por parte dos visitantes que recebia de vários lugares. Havia ali, numerosos cultos pagãos, entre os quais o da “Deusa Diana” (At 19:24,40). Ela foi bem instruída e estabelecida na doutrina bíblica. Paulo fez de Éfeso um centro de discipulado, e ensinou durante três anos a partir dessa cidade (At 19:10; 20:31; 20:27).


1. Uma Igreja protocolar


"(2) Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; (3) e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer".


2. Uma Igreja que abandonou a devoção


"(4) Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor".


3. Uma Igreja convocada ao arrependimento


"(5) Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas".
A igreja de Éfeso representa o esfriamento da igreja do primeiro século da era cristã.


A Igreja de Esmirna (Ap 2:8-11)


Smirna significa amargura. Era uma cidade fortemente dominada pelo culto ao imperador Romano. Todo cidadão tinha obrigação de reverenciar e queimar incenso a César. A conseqüência imediata por se deixar de cumprir esse mandamento era a morte. Era uma Igreja perseguida, os crentes se encontravam em permanente pressão por não aderir aos costumes pagãos que reinava em sua sociedade. Ela representa o período dos anos 100 a 312 d.C.


1. Uma igreja cujos valores espirituais estavam acima dos valores desse mundo


"(9) Conheço a tua tribulação, a tua pobreza, mas tu és rico, e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás".


2. Uma igreja perseguida por sustentar sua conduta


"(10) Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida".
De 64 a 305 d.C., 10 imperadores romanos reinaram. O último imperador desse período foi Diocleciano. Ele perseguiu o povo por 10 anos, tentando os fiéis para que eles viessem a se corromper e negar a sua fé.
A Perseguição de Diocleciano foi a última, a maior e a mais sangrenta perseguição oficial ao cristianismo.


3. Uma igreja que faz da promessa a sua razão de viver


"(10) ... Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (11) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte".
Segundo os historiadores, a perseguição de Diocleciano fez com que a igreja se tornasse mais forte, inclusive sua esposa e sua filha se tornaram cristãs.


A Igreja de Pérgamo (Ap 2:12-17)


Pérgamo significa “casamento”. Representa a igreja mundana, identificada com os valores seculares, expressada na igreja dos anos 313 à 600 d.C quando se deu a união da igreja com o Estado, com a adesão de Constantino, novo imperador romano, ao cristianismo.


1. Uma igreja sob a influência do maligno


"(13) Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita".
Em Pérgamo foi construído um templo ao imperador de Roma. Tornou-se um centro intelectual do seu tempo, considerada uma cidade progressiva. O acervo de sua biblioteca com mais de “duzentos milhões” de volumes, perdia apenas para a gigantesca biblioteca de Alexandria.


2. Uma igreja dominada pela razão


"(14) Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição".
Balaão usou a razão , a lógica humana, para derrubar o povo de Deus. Abandonaram a fé e se estribaram na razão. Aqui vemos Deus condenando o racionalismo que dominou a igreja, a interpretação da doutrina pelo racional e não pela revelação.


3. Uma igreja dominada pelo poder humano


"(15) Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas".
Nicolaíta em grego é composto de duas palavras: “Nikao” que significa “Conquistar” e “Laos” que significa “Povo Comum”.
A igreja de Pérgamo rendeu-se ao poder da influência e política eclesiástica.


4. Uma Igreja chamada ao arrependimento


"(16) Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca. (17) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe".


As Pedrinhas Brancas


1. Nos tribunais, os juízes tinham “pedrinhas brancas” e pretas. Se o acusado recebia uma pedrinha preta, estava condenado; se branca estava livre ou perdoado.


2. Nos jogos públicos os vencedores recebiam pedrinhas brancas com seus nomes gravados nelas, isso lhes dava direito a auxilio do governo pelo resto da vida.


3. Pedrinhas eram fornecidas para livre trânsito em certas regiões, situações e reuniões. Era o passe, a “entrada livre”. Novo nome significa a renovação interior que torna digno dele.


A Igreja de Tiatira (Ap 2:18-28)


Tiatira significa “quem sacrifica sempre”. Ela representa a igreja dos anos 600 a 1517 d.C, quando aconteceu a reforma protestante.


1. Uma igreja pressionada pelo sistema econômico


A cidade tinha grandes associações comerciais de artesãos. Os trabalhos desses artesãos eram usados também como ornamento na maioria dos cultos aos ídolos nos templos pagãos. Em função do domínio exercido por essas associações, o sucesso de qualquer artifício dependia de fazer ou não parte desse grupo. Pelo fato de lucrarem muito com a venda de seus artigos para os templos. Esses profissionais tinham uma participação extremamente ativa nos cultos aos ídolos. Grande parte do seu sustento dependia do culto pagão. Os componentes das associações, para proteger sua estabilidade financeira, exerciam forte pressão sobre os crentes de “Tiatira”, na tentativa de levá-los à idolatria e a uma vida cômoda.


2. Uma igreja pressionada pelo sistema religioso


"20 Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos. 21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição. 22 Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita. 23 Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas obras".


A Igreja de Sardes (Ap 3:1-6)


Sardes significa “os que escapam, remanescente”. Era a principal cidade da Lídia, cidade situada no vale de rochedos íngremes, quase intransponíveis, entre o cruzamento das estradas imperiais que ligavam Éfeso, Pérgamo e Esmirna, com o interior da Ásia menor. Embora Sardes fosse uma cidade bem protegida contra invasões, pelas suas cercas, foi conquistada em 546 a.C, por exércitos que escalaram os rochedos. A mesma tática levou a uma segunda queda em 214 a.C. A cidade não havia aprendido com sua experiência passada, a ser vigilante. Ela representa a igreja no período 1517 á 1750 d.C .


1. Uma igreja nominal


"(1) Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto".
O que importa é o estado como estamos, e não o título que temos.


2. Uma igreja chamada a mudar decreto


"(2) Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus".
3. Uma igreja chamada ao arrependimento e à seriedade


"(3) Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti".


A Igreja de Filadélfia (Ap 3:7-13)


Filadélfia significa “Amor fraternal”. Uma cidade da Lídia, estava a 45 Km de Sardes. Antes o lugar onde fora fundada a cidade de Filadélfia não passava de uma área de plantação de videiras e produção de vinho, um centro de culto a Dionísio, o deus do vinho e da fertilidade. Festivais religiosos e jogos faziam parte integral da cultura dessa região, que se localizava em uma colina ampla e baixa, fácil de se defender, mas extremamente sujeito a muitas calamidades naturais. Uma dessas calamidades, foi o grande terremoto de 17 d.C que a destruiu completamente. Ela representa a igreja avivada e missionária, na sua fase a partir de 1750. 


1. Uma igreja que dependia do seu Senhor


"(8) Conheço as tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome".


2. Uma igreja glorificada pelo seu Senhor


"(9) Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei".


3. Uma igreja aprovada por guardar a palavra


"(10) Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra".


A Igreja de Laodicéia (Ap 3:14-21)


Laodicéia significa “que pertence a laódice”. Uma cidade famosa pelos amplos muros e , como Roma, edificada sobre sete montes. Chamava -se, antes, Diósopolis, cidade de Zeus. Foi ampliada e melhorada por Antíoco II, que lhe pôs o nome de Laodicéia, em honra a mulher, Laodice. Era a principal cidade da província da frigia e por estar situada numa rota comercial muito importante para o mundo de então possuía vários e grandiosos bancos. Era também conhecida por sua indústria têxtil que confeccionava belos tecidos para roupas. Possuía também sua escola de medicina, onde era produzido um ungüento para os olhos.Tinha necessidade de água, um recurso vital para a vida. A água que recebia vinha canalizada de fontes térmicas muitas distantes, ao sul, e chegavam morna, depois de passar pelo canos de pedra. Ela era a igreja morna, e representa a igreja dos dias finais, onde a opinião do povo substitui a palavra de Deus.


1. Uma igreja permissiva


"(15) Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! (16)Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;"


2. Uma igreja arrogante


"(17) pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, ..."


3. Uma igreja sem autocrítica


"(17) ... e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu".
A opinião de Deus a nosso respeito é a verdadeira avaliação


Conclusão


Jesus chama a sua Igreja à responsabilidade, para vivermos em santidade, nos preparando para o arrebatamento, marco do encerramento da dispensação da Igreja.


"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas". (Ap 3:22)