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sexta-feira, 15 de julho de 2011

9. Personagens Importantes (2ª Parte)

5. O Falso Profeta – 

“Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão”. (Ap 13:11)

Alguns sugerem que a terra, aqui, seja a Palestina, pois a palavra terra freqüentemente se refere ao território ocupado pelos israelitas (Nm 32:11). Porém, em diversos exemplos no Apocalipse, a palavra terra significa o mundo todo ou os homens ímpios: Jesus é “o Soberano dos reis da terra” (1:5). A provação viria “sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (3:10).

Os grandes impérios representados nesta profecia não se levantaram da terra da Palestina, e sim do mundo, das nações. Obviamente, o sentido é o mesmo quando chegamos à profecia ampliada no Apocalipse. Portanto, não podemos afirmar que a segunda besta vem do meio dos judeus.

Possuía dois chifres, parecendo cordeiro: Esta besta não é nada igual, em aparência, à primeira. A besta do mar é assustadora, com sete cabeças, dez chifres e características de leão, urso e leopardo. A besta da terra tem a aparência de inocência e mansidão; parece um cordeiro.

Mas falava como dragão: Aparências enganam. Esta besta não é um cordeirinho inocente. As suas palavras vêm do próprio dragão, o sedutor dos homens. Apesar de sua aparência inofensiva, esta besta tem o mesmo alvo que o dragão tem. Ambos querem destruir os homens.

“Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada”. (Ap 13:12)

Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença: A besta da terra pode ter aparência menos assustadora, mas ela tem o mesmo poder da besta do mar. Ela domina com a autoridade de reis. Tem poder para tirar a vida daqueles que não a obedecem e não se submetem à autoridade da besta.

Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta: A função da segunda besta é induzir os homens à adoração à autoridade imperial. Ela promove o culto imperial, obrigando as pessoas a adorarem Roma e seus imperadores. A primeira besta representa o poder do governo e a força militar de Roma, a segunda representa a autoridade religiosa promotora da idolatria oficial. Por isso, a besta da terra é conhecida, também, como o falso profeta (Ap 16:13; 19:20; 20:10).

No final do primeiro e início do segundo século, a idolatria oficial de Roma cresceu. Vários templos e imagens foram construídos nas províncias, e representantes do governo conhecidos como a “concília romana” promoveram a adoração de Roma e dos seus imperadores. Quem não participava da religião oficial era punido.

“Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens”. (Ap 13:13)

O falso profeta também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens: Paulo falou do homem da iniqüidade, que demonstraria poder “segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira” (2 Ts 2:9)

“Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;” (Ap 13:14)

O dragão é enganador, e seus aliados também. No Egito, os magos imitaram os sinais de Moisés para enganar o Faraó e o povo, para que estes continuassem resistindo à verdade. Aqueles que não amam a verdade são facilmente seduzidos pela besta, e aceitam suas mentiras. O trabalho desta segunda besta seria de convencer as pessoas a participarem da falsa religião, submetendo-se ao poder do governo romano. 

Obviamente, o verdadeiro cristão não aceitaria tal atitude idólatra, e sofreria as conseqüências de sua desobediência aos oficiais romanos.

“ e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta”. (Ap 13:15)
Além dos sinais, as estruturas religiosas do falso profeta possuirão autoridade para castigar  (até para matar) os que não participarem da idolatria oficial. Neste fato podemos ver o difícil desafio que enfrentarão os servos do Senhor. Participar da religião romana e viver mais alguns anos, ou rejeitá-la e ser morto. O que veremos nesse tempo, é algo parecido com que a Igreja de Esmirna provou (Ap 2:10-11)

6. A Grande Meretriz

“Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres. Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição. Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA. Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me com grande espanto”. (Ap 17:3-6)

A Grande Meretriz apontada em Apocalipse é um sistema mundial de grande poder e influência. Ou seja, uma igreja que se prostituiu e se rendeu ao sistema, praticando ações totalmente contrárias aos princípios do Evangelho.

“Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas, com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra”. (Ap 17:1-2)

“Falou-me ainda: As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas”. (Ap 17:15)

Uma Aliança Temporária

A Besta, O Anticristo e a Meretriz

“O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher: a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá. Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco.  E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição”. (Ap 17:7-11)

Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco”.

Sete montes: sem dúvida se refere a Roma, cidade famosa por ter sido edificada entre sete colinas.

Sete reis: 1) Assíria, 2) Egito, 3) Babilônia, 4) Medo-Persa, 5) Grécia (nos dias de João, esses reinos não existiam mais); 6) Roma (existia nos dias de João); 7) Besta dos Dez chifres (que não tinha chegado nos dias de João)

“E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição”.

A besta também se refere ao Anticristo, o oitavo rei. Ele se utilizará da Meretriz para corromper as nações, mas depois, quando não lhe for mais conveniente, promoverá a sua destruição.

“Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo. Porque em seu coração incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem à uma e dêem à besta o reino que possuem, até que se cumpram as palavras de Deus”. (Ap 17:16-17)

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